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Sala de recursos multifuncionais.

  • 6 de jun. de 2018
  • 33 min de leitura

Atualizado: 13 de jun. de 2019

Deficiência Intelectual - D I
Deficiência Físico Neuromotora - D F N
Transtorno Global do Desenvolvimento - T G D
Transtorno Funcional Específico - T F E
Altas habilidades e Superdotação - A H / S D



A adaptação Curricular é a maneira de tornar o conteúdo da disciplina mais acessível ao aluno por meio de estratégias que facilitem a compreensão.




Sugestões:

  • O aluno de inclusão educacional deverá sentar próximo ao professor, ou nas primeiras carteiras;

  • Sempre que possível , oferecer atenção individualizada ao aluno;

  • Evitar comparação com os demais alunos;

  • Cobrar do aluno a execução das tarefas que lhe forem atribuídas;

  • Fazer um roteiro da aula, deixando claro a todos os alunos o que deve ser cumprido;

  • Observar a maneira como o aluno aprende de forma mais satisfatória e se utilizar deste método;

  • Utilizar estratégias com recursos visuais, desenhos , gravuras, videos e recursos de informática;

  • Uso de material de apoio: calculadora, tabuada, recursos e dicionários na realização das atividades e avaliações;

  • Utilizar vocabulário simples e objetivo, com regras claras e definidas.


PÚBLICO ATENDIDO NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS - SRM


A sala de Recursos Multifuncionais - SRM do Colégio Estadual Professor Loureiro Fernandes atenderá estudantes matriculados nas Escolas da rede Estadual de Ensino com diagnósticos de:

Deficiência Intelectual (DI): em conformidade com a Associação Americana de Deficiência Intelectual, estudantes com deficiência intelectual são aqueles que possuem limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade.

Deficiência Física Neuromotora (DFN): aquele que apresenta comprometimento motor acentuado, decorrente de sequelas neurológicas que causam alterações funcionais nos movimentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a organização do contexto escolar no reconhecimento das diferentes formas de linguagem que utiliza para se comunicar verbal e não verbal.

Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD): considera-se estudante com transtornos globais do desenvolvimento aquele que apresenta diagnóstico médico de Autismo, Síndrome do Espectro Autista (Asperger) e Transtornos Invasivos – sem outras especificações, que atualmente, pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mental (2014), são englobados como Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Transtornos Funcionais Específicos (TFE): Refere-se à funcionalidade específica (intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual. diz respeito a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas: a) na aquisição e uso da audição, linguagem oral, leitura , linguagem escrita, raciocínio, habilidades matemáticas, atenção e concentração;

b) Distúrbios de aprendizagem - Dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia;

c) Transtornos do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Estudante que apresente defasagem de aprendizagem que requeiram análise e planejamento de ações de intervenção sobre os resultados avaliativos internos e externos, com vista ao planejamento das ações pedagógicas, a fim de melhorar o processo de ensino aprendizagem.





ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL




Déficit intelectual é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas como comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social. Não confundir com Doença Mental (psicoses- esquizofrenia, neuroses, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade,depressão, distúrbio do pânico). A deficiência intelectual pode provocar uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento destas pessoas. Alunos com atrasos cognitivos, aprenderão, mas necessitarão de mais tempo.

  • Procure saber quais as potencialidades e interesses do aluno e invista no seu desenvolvimento. Proporcione oportunidades de avanço na aprendizagem.

  • Utilize materiais concretos tanto quanto possível, para tornar a aprendizagem vivenciada.

  • Demonstre o que pretende. Além da instrução verbal, a explicação deve ser acompanhada de imagens, desenhos, cartazes. Sempre que necessário e possível, proporcione ao aluno materiais e experiências práticas.

  • Divida as tarefas novas em passos pequenos. Demonstre como se realiza cada um desses passos. Proporcione ajuda, na medida da necessidade do aluno. Não deixe que o aluno abandone a tarefa numa situação de insucesso.

  • Incentive o aluno a participar em atividades de grupo e nas organizações da escola.

  • Trabalhe em conjunto com a família, partilhe regularmente informações sobre a situação do aluno na escola e em casa.

  • Dar ênfase em projetos e atividades relacionadas à vida cotidiana dos alunos, trabalhando as competências e habilidades que o aluno possui.

  • Manter rotina diária de trabalhos.

  • As atividades devem ser explicadas de forma lenta e tranquila, repetindo quantas vezes forem necessárias, (a repetição e rotina de aplicação de atividades, possui grande importância no desenvolvimento, compreensão e aprendizagem de alunos com deficiência intelectual).

  • É importante utilizar o interesse que o aluno apresenta por determinados assuntos, temas e formas de realizar as atividades (assim é possível estar organizando e planejando adequadamente os desafios propostos aos alunos).

  • Observe como o aluno reage e age em cada situação e atividade aplicada, como as realiza. Estar atento e auxiliá-lo para que desenvolva uma melhor forma de trabalho em duplas ou grupos em sala de aula.

  • Utilize diferentes recursos para produção escrita: computador, lápis adaptados, etc.

  • Em atividades matemáticas poderão ser utilizados recursos como:sólidos geométricos, blocos lógicos, ábacos abertos, calculadoras, dados, jogos, etc.

  • Adote procedimentos pedagógicos visando à construção pelo aluno da estratégia de solução de situações problemas.

  • Dramatizações com músicas, teatro e leituras.

  • Trabalhe juntamente com o aluno a autocorreção de suas atividades.

  • Trabalho de campo, pesquisas, atividades com práticas e vivências estimulando o conhecimento e novas ações.

SUGESTÕES PARA ADAPTAÇÕES NAS AVALIAÇÕES:

  • Destacar alguns aspectos com cores, desenhos e traços fortes;

  • Analisar a avaliação questão por questão; Utilizar gravuras ou figuras, uso frequente de recursos visuais;

  • Caixa de texto com banco de palavras para preencher lacunas;

  • Evite aplicar atividades e avaliações com tempo determinado, se necessário aplique em mais de uma aula;

  • Questões claras e com vocabulário simples;

  • Certifique-se de que o aluno compreendeu o que está sendo solicitado na questão;

  • Proporcione ajuda na medida da necessidade do aluno, auxiliando-o na compreensão;

  • Começar sempre uma nova frase no início da linha e não no fim da frase anterior.

Fonte de Referências:

BETTINARDI, Ariana Cavassin; HARTMANN, Illoine. Guia prático para professores do ensino comum, 2012.

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM


Distúrbios de aprendizagem são problemas que afetam a capacidade da criança de receber, processar, analisar ou armazenar informações. Podem dificultar a aquisição, pela criança, de habilidades de leitura, escrita, soletração e resolução de problemas matemáticos.

*** Dislexia, discalculia, disgrafia, disortografia, TDAH.



Autismo (Transtorno do Espectro Autista - TEA)

O Autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), são transtornos que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança.

Esse transtorno não possui cura e suas causas ainda são incertas, porém ele pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para que, assim, o paciente possa se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas o melhor possível.

Autismo - Adaptação Curricular

As adaptações curriculares são os ajustes e modificações que devem ser feitos nas diferentes instâncias curriculares para responder às necessidades de cada aluno, favorecendo as condições que lhe são necessárias para se efetivar o máximo possível à aprendizagem.

Deverão considerar as características individuais dos alunos, as áreas prioritárias a serem apoiados, os tipos de apoio mais eficientes para responder às necessidades do aluno, em quais situações o apoio deve ser disponibilizado, e como proceder em relação a isso, que profissionais participarão, bem como quais as funções e responsabilidades que caberão a cada um.

Devem- se serem significativas, organizativas, com objetivos de ensino, conteúdo, avaliação, método de ensino temporalidade, e ainda precisa promover as modificações que forem necessárias para atender às necessidades de seus alunos:

• acesso ao currículo;

• participação integral, efetiva e bem sucedida em uma programação tão comum quanto possível;

• a consideração e o atendimento de suas peculiaridades e necessidades especiais no processo de elaboração: do plano de educação; do projeto político da escola; do plano de ensino do professor.

Ainda devem sugerir a possibilidade de eliminar objetivos ou de introduzir objetivos específicos, complementares e/ou alternativos, como forma de favorecer aos alunos com deficiência a convivência regular com seus pares, beneficiando-se das possibilidades educacionais disponíveis a adaptações de conteúdos e outras formas de adaptações curriculares, determinadas pelo objetivo já realizado previamente. Que não somente deve adaptações do método de ensino e da organização didática: a adoção de métodos bastante específicos de ensino.

Adaptações do sistema de avaliação: a introdução de critérios específicos de avaliação e a eliminação de critérios gerais, a adaptação de critérios regulares de avaliação e a modificação dos critérios de promoção, que devem ser retomados em novo processo de ensinar não tendo como função principal classificar o “melhor” ou “pior” da sala.

Adaptações devem- se terem ajustes ao tempo de permanência do aluno em uma determinada série/ciclo, sem que exista prejuízo quanto à sua idade/ série.

Dizem respeito às ações sob a responsabilidade do professor nos componentes curriculares desenvolvidos em sala de aula, sem que para isso necessitem de decisões ou autorização de instâncias superiores, enquanto tal procedimento fizer parte da sua área de competência. O professor pode organizar o tempo das atividades, dependendo da necessidade especial de cada aluno.

Portanto a escola precisa trabalhar em equipe com apoio da comunidade e da sociedade porque não só basta o meio acadêmico incluir o aluno no ensino, sendo que este aluno será devolvido para a as suas atividades circulares, é precisa que todos se incluem neste processo de inclusão social.

Autismo - Estratégias de Ensino

O aluno autista necessita de uma organização diferente de sala de aula da qual conhecemos. Como possui grande capacidade de distração, a sala precisa ser organizada com o objetivo de ensinar eficazmente alunos autistas, o professor deve proporcionar uma organização do método de trabalho, incluindo a sala-de-aula, de maneira que os alunos entendam onde ficar, o que fazer e como fazê-lo, de forma mais independente possível. Abaixo segue algumas estratégias que podem ajudar na organização da sala de autistas.

Geralmente ele se sente mais confortável realizando atividades que já tem costume, é mais resistente ao novo. Com isto o professor deve planejar bem a organização da área física da sala de aula para que o aluno se sinta interessado e que não tenha muita distração. Alguns aspectos são muito relevantes, como:

  • Tamanho da sala;

  • Quais as outras salas que estão próximas;

  • Número e acesso a pontos de luz;

  • Localização do banheiro mais próximo;

  • Iluminação;

  • Espaço na parede que possa distrair.


SÍNDROME DE ASPERGER

A Síndrome de Asperger é um transtorno do espectro autista, que antigamente era considerada uma condição relacionada, mas distinta do autismo. A redefinição ocorreu após maio de 2013.

É a forma mais leve do espectro autista. As crianças que a possuem normalmente se tornam extremamente obsessivos por um único objeto e também se interessam demais pelo seu assunto preferido, podendo discuti-lo por horas a fio, sem parar.

A síndrome afeta três vezes mais os meninos e, quem a desenvolve, normalmente possui inteligência acima da média. Por conta disso, alguns médicos a chamam de “Autismo de Alto Funcionamento”.

Em contrapartida, quando esses pacientes atingem a fase adulta, o risco de depressão e/ou ansiedade se desenvolverem é muito alta.

As crianças com Asperger não apresentam grandes atrasos no desenvolvimento da fala e nem sofrem com comprometimento cognitivo grave. Esses alunos costumam escolher temas de interesse, que podem ser únicos por longos períodos de tempo - quando gostam do tema "dinossauros", por exemplo, falam repetidamente nesse assunto. Habilidades incomuns, como memorização de sequências matemáticas ou de mapas, são bastante presentes em pessoas com essa síndrome.

Na infância, essas crianças apresentam déficits no desenvolvimento motor e podem ter dificuldades para segurar o lápis para escrever. Estruturam seu pensamento de forma bastante concreta e não conseguem interpretar metáforas e ironias - o que interfere no processo de comunicação. Além disso, não sabem como usar os movimentos corporais e os gestos na comunicação não-verbal e se apegam a rituais, tendo dificuldades para realizar atividades que fogem à rotina.

Como lidar com a Síndrome de Asperger na escola?

As recomendações são semelhantes às do autismo. Respeite o tempo de aprendizagem do aluno e estimule a comunicação com os colegas.

Converse com ele de maneira clara e objetiva e apresente as atividades visualmente, para evitar ruídos na compreensão do que deve ser feito.

Também é aconselhável explorar os temas de interesse do aluno para abordar novos assuntos, ligados às expectativas de aprendizagem. Se ele tem uma coleção de carrinhos, por exemplo, utilize-a para introduzir o sistema de numeração. Ações que escapam à rotina devem ser comunicadas antecipadamente.


***Os educadores de crianças com Síndrome de Asperger deveriam estar perfeitamente cientes dos seguintes aspectos:

• Não basta lidar com comportamentos superficiais para corrigir défices fundamentais. • É difícil ensinar níveis de consciência social e pessoal que nós próprios não tivemos de “aprender”.

• A aprendizagem das capacidades sociais necessárias para a sala de aulas e o recreio são tarefas extremamente exigentes e desgastantes para a criança com Síndrome de Asperger. Pode não “sobrar muito espaço” para lidar com as tarefas acadêmicas.

• Será necessário ensinar especificamente as capacidades sociais básicas para ouvir sem interromper; parar quando for a vez dos outros; partilhar material; esperar numa fila; trabalhar em pequenos grupos.

• A criança vai precisar de ajuda para reconhecer os efeitos das suas ações em terceiros e para alterar o seu comportamento de acordo com isso.

• Não partir do princípio de que o nível de linguagem da criança representa o seu nível de comunicação. Será necessário verificar a compreensão da criança.

•Ser explícito ao dar indicações; não partir do princípio de que o contexto vai ajudar a estabelecer o significado.

• Avaliar a capacidade da criança para utilizar a linguagem socialmente e ensinar-lhe especificamente capacidades como, por exemplo, iniciar um diálogo, prestar atenção (ouvir) a respostas, respondendo de forma adequada.

• Será necessário incutir-lhe estratégias para desenvolver o autoconceito, a autoimagem e a autoestima.

• Ensinar a criança a identificar emoções como expressões físicas, visuais e auditivas, mas também, chamando a atenção para as expressões emocionais de terceiros.

• Certificar-se de que a criança presta atenção ao assunto, tópico ou atividade em que pretende centrar a sua atenção.

• Alertar a criança para o seu papel nas tarefas, situações e acontecimentos; utilizar estratégias que suscitem o desenvolvimento de uma memória pessoal.

• Não partir do princípio de que o “significado” de qualquer tarefa situação, atividade ou acontecimento é claro para a criança: sempre que possível, relacione o significado com a perspectiva adaptada.

• Chamar atenção da criança para a utilização de gestos, expressões faciais, direção do olhar, proximidade na interação social para transmitir atitudes e significados.

• Consciencializar a criança do seu papel como solucionador, utilizando meios visuais e auditivos para promover a autorreflexão e o reconhecimento do auto experiência.

• Não partir do princípio de que a criança é capaz de deduzir as suas intenções a partir do seu comportamento.

• A criança vai ter de aprender que as outras pessoas têm sentimentos, pensamentos, convicções e atitudes, bem como consciencializar-se dos seus próprios pensamentos, sentimentos, convicções e atitudes.

• Ensinar a criança a “fazer de conta” e ajude-a a distinguir a ficção da realidade.

Ao preparar suas aulas, o professor deve focar no estilo de aprendizagem de seu aluno e como esse aluno aprende melhor. É necessário partir das capacidades, habilidades e potencialidades intelectuais, simbólicas ou cognitivas, bem como das dificuldades individuais a fim de que se possa estabelecer objetivos e elaborar estratégias para este fim.

Por vezes a ausência de respostas das crianças se deve à falta de compreensão do que está sendo exigido e não de uma atitude de isolamento e recusa proposital. A falta de compreensão do que se passa ao redor, aliada à escassa oportunidade de interagir com crianças “normais” é que conduz ao isolamento, criando, assim, um círculo vicioso .

Referências:

http://autismo.institutopensi.org.br/wp-content/uploads/manuais/Manual_para_Sindrome_de_Asperger.pdf

https://www.tuasaude.com/sindrome-de-asperger/

https://pedagogiaaopedaletra.com/sindrome-de-asperger/

http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/2012/03/sugestoes-para-professores-sindrome-de.html


SÍNDROME DE DOWN

SÍNDROME DE DOWN é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho das tarefas, como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social. Estas limitações podem provocar uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas. É natural que enfrentem dificuldades na escola. É possível que algumas crianças não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não consegue aprender tudo.

Orientações aos Professores e estratégias de aprendizagem



  • Procurar saber quais suas potencialidades e interesses do aluno;

  • Ser tão concreto quanto possível para tornar a aprendizagem vivenciada;

  • Demonstrar o que quer dizer, através de imagens, desenhos, cartazes

  • Proporcionar materiais e experiências práticas e oportunidade de experimentar as coisas;

  • Dividir as tarefas novas em passos pequenos. Proporcione ajuda;

  • Acompanhar a realização da tarefa com comentários;

  • Trabalhar a possibilidade de desenvolver no aluno, competências da vida diária, sociais e de exploração do mundo envolvente. Incentive a participar de grupos e nas organizações da escola;

  • Manter uma rotina diária de trabalhos,

  • Trabalho de campo, pesquisas, atividades com práticas e vivências estimulando o conhecimento e novas ações;

  • Dramatizações com músicas, teatros e leituras;

  • Utilizar diferentes recursos para produção de escrita e leitura: computador, lápis adaptados, jogos, etc;

  • Trabalhar em conjunto com os pais, partilhe informações sobre situações do aluno na escola e em casa.

Sugestões para as adaptações nas avaliações

  • Analisar a avaliação questão por questão;

  • Imprimir as avaliações se possível em papel colorido;

  • Destacar alguns aspectos que necessitam serem aprendidos com cor, desenhos e traços fortes;

  • Dar instruções claras, breves, frequentes sempre que possível e visual;

  • Deixar o aluno fazer a prova a lápis;

  • Retirar partes que desviem atenção do aluno;

  • Dividir as tarefas em passos pequenos;

  • Evitar fazer atividades e avaliações com tempo determinado.

Fonte de Referências:

BETTINARDI,Ariane Cavassin; HARTMANN,Illoine. Guia prático para professores do ensino comum, 2012.



TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Transtorno 'neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.

Características Principais:

  • Desvia facilmente sua atenção no que está fazendo;

  • Tem dificuldade de prestar atenção a fala os outros;

  • Desorganização cotidiana. Tende a perder objetos (chaves, celular, canetas, papéis), atrasar-se ou faltar a compromissos, esquecer o dia de pagamentos;

  • Frequentemente apresenta “brancos" durante uma conversa;

  • Tendência de interromper a fala do outro;

  • Costuma cometer erros de fala, leitura ou escrita. Esquece uma palavra no meio de uma frase ou tem dificuldade em pronunciar palavras muito longas;

  • Presença de hiperfoco, ou seja, concentração intensa em um único assunto num determinado período;

  • Dificuldade de permanecer em atividades obrigatórias de longa duração, como ouvir uma palestra ou assistir a um filme, cujos temas não lhe despertem interesse ou que não o faça entrar em hiperfoco;

  • Dificuldade de permanecer sentado por muito tempo;

  • Está sempre mexendo com os pés ou as mãos;

  • Baixa tolerância à frustração; Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar por algo (ansiedade);

  • Imaturidade.

Adaptações:

  • Organizar a fileira em “u”, para ter uma visão geral da sala e do aluno;

  • Buscar um contato mais próximo com ele (sentar próximo a mesa do prof°, acompanhando seu desenvolvimento);

  • Fazer um roteiro da aula, deixando claro a todos os alunos o que deve ser cumprido;

  • Observar a maneira com que este aluno aprende de forma mais satisfatória e se utilizar deste método;

  • Desenvolver atividades em conjunto com outros professores;

  • Delegar tarefas e responsabilidades compatíveis com sua idade;

  • Permitir com que saia da sala de aula algumas vezes (entregar recado a outro prof.,buscar giz, etc) a fim de que se sinta valorizado, e também não saia da sala por conta própria, dar pouca importância às infrações leves e ser firme e rígido em infrações graves;

  • Propor atividades diferenciadas quando necessário (como questões curtas, de múltipla escolha, ou com auxílio de imagens e esquemas);

  • Estimular que este se relacione com outros colegas;

  • Não permitir comentários maldosos nem comportamento excludente por parte dos colegas.

Sugestões para Adaptações nas Avaliações

  • Analisar a avaliação questão por questão;

  • Imprimir as avaliações em papel colorido;

  • Destacar alguns aspectos que necessitam serem aprendidos com cor, desenhos e traços;

  • Dar instruções claras, breves, frequentes sempre que possível e visual;

  • Destacar imagens;

  • Deixar o aluno fazer a prova a lápis;

  • Fazer frases e parágrafos curtos e objetivos;

  • Usar imagens ou gráficos que ajudem na compreensão;

  • Cobrir partes que podem desviar a atenção do aluno;

  • Modificar conteúdos de material escrito para ser mais acessível;

  • Divida a tarefa em passos pequenos, demonstre como realiza cada passo;

  • Proporcione ajuda, na medida da necessidade do aluno;

  • Evitar fazer testes com tempo determinado, pois eles não demonstrarão o que sabem (dar maior temo).

Fonte de Referências:

http://revistaescola.org.br/crianca-e-adolescente/comportamento/transtorno-deficit-atencao-com-sem- hieratividade-tdah-546797.shtml

http://www.abda.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html

BETTINARDI,Ariane Cavassin; HARTMANN,Illoine. Guia prático para professores do ensino comum, 2012.


DISLEXIA

Dificuldade específica de aprendizado da linguagem em leitura, soletração, escrita, linguagem expressiva ou receptiva; em razão e cálculo matemático, como na linguagem corporal e social. Não tem como causa a falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.

Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes capaz e até genial, mas que aprende de uma maneira diferente.

Características principais

Destacam-se na leitura e escrita incompreensíveis, confusões de letras na escrita com diferentes orientações espaciais como b/p; b/d;

Alterações de letras com sons semelhantes tanto na leitura quanto na escrita como g/j; d/t; s/ss; s/c;

Substituição de palavras com estruturas semelhantes e inversão de sílabas ou palavras;

Supressão ou repetição de letras, sílabas ou palavras; fragmentação incorreta e lentidão em realizar cópia associado a limitações em seguir sequências;

Atraso no desenvolvimento da fala;

Dificuldade na aquisição e automação da leitura;

Resistência ao ler em público.

Sugestões Importantes

O disléxico tem uma história de fracassos e cobranças que o fazem sentir-se incapaz. Motivá-lo, exigirá de nós mais esforço e disponibilidade do que dispensamos aos demais;

Não receie que seu apoio ou atenção vá acomodar o aluno ou fazê-lo sentir-se menos responsável.

Depois de tantos insucessos e autoestima rebaixada, ele tende a demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo.


Adaptações Curriculares

  • Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas;

  • Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário leia as instruções para ele;

  • Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir as tarefas;

  • Estimule a expressão verbal do aluno;

  • Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;

  • Dê “dicas” específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina;

  • Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;

  • Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;

  • Dê explicações de “como fazer” sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;

  • Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa é adequado ao seu nível;

  • Crianças com dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas;

  • Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, o professor terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos;

  • Demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno a organizar a informação. Por exemplo, para explicar a mudança de estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com água fervendo;

  • Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele.

Avaliação

As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas:

  • Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitada, elas têm dificuldades de escrever as respostas;

  • Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado. Recomenda-se que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos:

  • Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado;

  • Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado;

  • Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;

  • Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s);

  • Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas;

  • Você pode e deve realizar avaliações orais também.

Sugestões para adaptações nas avaliações:

  • Analisar a avaliação questão por questão.

  • Optar pelo negrito em vez de itálico ou sublinhado;

  • Usar texto não justificado ou justificado a esquerda, os espaços brancos distraem o leitor disléxico;

  • Fazer frases e parágrafos curtos e objetivos;

  • Usar um fundo claro, mas sem ser branco (fundo amarelo);

  • Usar imagens ou gráficos, isso ajuda o disléxico a reter a informação;

  • Deixar o aluno realizar a prova a lápis.

Fonte de Referências:

BETTINARDI,Ariane Cavassin; HARTMANN,Illoine. Guia prático para professores do ensino comum, 2012.


DIFERENÇA ENTRE DISGRAFIA E DISORTOGRAFIA

Disgrafia

A disgrafia pode ser considerada como uma alteração que afeta a funcionalidade da escrita desenvolvida pela criança. Os problemas ficam evidentes principalmente no que se refere à grafia e ao traçado. Além disso, vale lembrar que a pessoa com disgrafia apresenta uma escrita mal elaborada, evidenciando uma deficiência nessa habilidade.

Disortografia:

A disortografia é diferente da disgrafia, pois ela está relacionada a uma deficiência que afeta as aptidões da escrita. Em outras palavras, a disortografia é uma dificuldade centrada na estruturação, organização e produção de textos escritos. Além disso, as crianças mostram uma construção frasal aquém do esperado, com o vocabulário pobre e curto; nota-se também certa quantidade de erros ortográficos.


DISGRAFIA

Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores. A execução motora da escrita exige maturação de Sistema Nervoso Central e Periférico e, certo grau de desenvolvimento psicomotor.

Por definição, Disgrafia é o transtorno da escrita, de origens funcionais, que surge nas crianças com adequado desenvolvimento emocional e afetivo, onde não existem problemas de lesão cerebral, alterações sensoriais ou história de ensino deficiente do grafismo da escrita.

As causas podem ser várias: neurológica, psicológica, oftalmológica e/ou audiológica.

O problema acarretado por estas causas é sempre a dificuldade de coordenar a letra para a Escrita-Disgrafia e por estes fatores, é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível. A Disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

Características são:

  • Lentidão na escrita/Letra ilegível;

  • Escrita desorganizada;

  • Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves;

  • Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial;

  • Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da fe!ha;

  • Desorganização das letras: Letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formos distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo);

  • Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida;

  • O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares;

  • Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

  • O Disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.

Podemos encontrar dois tipos de Disgrafia:

Disgrafia Motora (Discaligrafia) - A criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever; Disgrafia Perceptiva - Não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da Dislexia sendo que esta está associada à leitura e a Disgrafia está associada à escrita.

Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia.

O que fazer?

Acomodar: Reduza o impacto que a escrita tem na aprendizagem ou expressão de conhecimento, sem alterar substancialmente o processo ou o produto;

Modificar: Mude as atribuições ou expectativas para satisfazer necessidades individuais do aluno para a aprendizagem;

Remediar: Providencie instruções e oportunidades para aperfeiçoar a caligrafia.


Acomodações:

Ao considerar-se acomodando ou modificando as expectativas ao lidar com a grafia, considerar as alterações em:

  • Taxa de produção de obras, escritas;

  • Volume do trabalho a ser produzido;

  • Complexidade da tarefa escrita;

  • Remova "nitidez" ou "ortografia" (ou ambos) como classificação de critérios de algumas tarefas, a ser avaliada em partes específicas do processo de escrita;

  • Reduza aspectos de cópia do trabalho; por exemplo, em matemática, forneça uma planilha com os problemas já nele em vez de pedir ao aluno que os copie.

  • Tenha uma opção de fichário escrito, contendo um modelo de letras cursivas ou impressas na contracapa (é mais fácil para o aluno recorrer a este recurso do que a parede ou quadro-negro);

  • Permita que o aluno use letra cursiva ou manuscrito, o que for mais legível;

  • Permita que o aluno use a largura da linha de sua escolha. No entanto, tenha em mente que alguns alunos usam letras muito pequenas para disfarçar sua confusão ou ortografia;

  • Permita aos alunos a utilização de papéis ou instrumentos de escrita de diferentes cores;

  • Permitir que o aluno use papel milimetrado para matemática, que vai ajudar ao alinhar colunas de números;

  • Permita que o aluno utilize o instrumento de escrita que é mais confortável para ele. Muitos estudantes têm dificuldade em escrever com canetas esferográficas, preferindo lápis ou canetas que têm mais atrito em contato com o papel. Lapiseiras são muito populares. Deixe o aluno encontrar uma caneta ou lápis "favorito";

Modificações:

Para alguns alunos e situações, as acomodações serão insuficientes para remover as barreiras causadas pelos seus problemas de escrita. Aqui estão algumas sugestões nas quais as tarefas podem ser modificadas sem sacrificar a aprendizagem:

  • Reduza os elementos de cópia das tarefas e testes. Por exemplo, se o aluno deverá responder escrevendo frases completas que refletem a questão, peça ao aluno que faça isso para três perguntas que você selecionar, e em seguida permita respostas com frases, palavras ou desenhos;

  • Reduza o comprimento dos requisitos nas tarefas escritas, opte por qualidade acima de quantidade;

  • Organize diferentes tarefas em partes individuais do processo de escrita, para que em algumas tarefas "ortografia não conta," e em outras "gramática não conta".

Remediação:

Considere estas opções:

Tenha em mente que os hábitos de escrita são estabelecidos no início da vida. Antes de acoplar em uma batalha sobre a aderência do aluno ou se ele deve escrever em letra cursiva ou impressa, considere se impor uma mudança nos hábitos realmente facilitará a tarefa de escrever para o aluno, ou se esta é uma oportunidade para o aluno fazer escolhas dele próprio;

Estes estudantes podem ainda se beneficiar de instruções explícitas em composição.

Estratégias compensatórias:

O objetivo geral de compensações é ajudar o aluno a executar mais automaticamente e ainda participar e se beneficiar da tarefa da escrita. O objetivo é permitir que o aluno contorne o problema, para que ele possa então focar mais completamente no conteúdo. Algumas dessas estratégias são:

  • Compreenda incoerências e variabilidades do desempenho do aluno;

  • Se necessário, encurte as tarefas escritas.

  • Ofereça prazo extra para atividades de escrita (tarefas, cópias e atividades em sala de aula, avaliações, e trabalhos realizados em sala de aula ou para fazer em casa). Permita que o estudante faça exames orais;

  • Reforce os aspectos positivos e os esforços do aluno;

  • Seja paciente;

  • Incentive o aluno a ser paciente consigo mesmo!

Em suma, a disgrafia é um transtorno de aprendizagem que pode ser diagnosticado e tratado. Crianças com disgrafia geralmente apresentam outros problemas tais como dificuldades em soletrar e escrever expressões, assim como dislexia e, em alguns casos, problemas de linguagem oral. É importante que uma avaliação completa da caligrafia e de habilidades de áreas relacionadas seja efetuada para que se construa um plano de instrução específico em todas as habilidades deficientes que podem estar interferindo na aprendizagem da linguagem escrita. Apesar da intervenção precoce ser desejada, nunca é tarde para intervir e aperfeiçoar as habilidades deficientes em um estudante e providenciar acomodações apropriadas.



DISORTOGRAFIA

Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita expressiva. Esta dificuldade pode ocorrer associada ou não a dificuldade de leitura, isto é, a dislexia.

A principal característica de um sujeito disortográfico é a confusão que ele apresenta com as letras, sílabas e trocas ortográficas já trabalhadas em sala de aula pelo professor. Outras características são as inversões, aglutinações, omissões e desordem na estrutura da frase.

Algumas características de indivíduos que apresentam quadros de disortografia, são elas:

  • Trocas de letras que se parecem: faca/vaca, chinelo / “ jinelo”;

  • confusão de sílabas: encontraram/encontrarão;

  • adições: “ventitilador”;

  • omissões: cadeira/cadera, prato/pato; fragmentações: “em saiar”, “a noitecer”;

  • inversões: pipoca/picoca e junções: “no meiodatarde”, “voltarei maistarde”.

Estratégias para o ambiente escolar:

Incentivar a percepção e memória visual do estudante, utilizando recursos como cartaz de números e letras, deixando a vista do aluno.

  • O professor deve sempre elogiar as produções do estudante, principalmente quando ele escrever corretamente, isso levantará sua autoestima.

  • É importante que o professor observe as trocas mais frequentes que o aluno apresenta, assim, poderá planejar e realizar atividades mais diretas, relacionadas a essas dificuldades.

  • Estabelecer relações do conteúdo que o aluno já aprendeu com o que esta aprendendo. A sala de aula deve ser um ambiente agradável e favorável a aprendizagem.

  • Promover a valorização das habilidades, atitudes e conhecimento que o estudante tem, oportunizando que ele possa desenvolvê-las de maneira satisfatória.

  • O professor deve despertar a curiosidade e o interesse do estudante, assim o ato de ensinar e aprender torna-se eficaz e prazeroso.

  • O Professor enquanto mediador do processo de ensino deve buscar orientações acerca das dificuldades de aprendizagem apresentada pelo estudante, a fim de buscar soluções e desenvolver um trabalho consciente e que promova a satisfação e o bem estar de todos.

  • Não deve tratar as dificuldades de aprendizagem, como algo sem solução, mas sim como um desafio diário que faz parte deste processo.

  • Identificar precocemente a complexidade, para que as devidas medidas sejam tomadas, evitando assim o sofrimento prolongado do aluno.

  • O professor precisa criar e diversificar estratégias que envolvam o estudante no ambiente escolar, promovendo a igualdade do aprender deste. Assim como, reconhecer e respeitar a singularidade do educando, com intuito de identificar as dificuldades, conduzindo-o a fim de garantir o sucesso no ambiente escolar.


DISLALIA

Dislalia é a dificuldade que a pessoa tem de dizer corretamente algumas palavras. Ela pode deixar de dizer uma letra, trocar uma letra por outra, mudar o som de um fonema.

Um exemplo clássico de dislalia é o personagem Cebolinha, das histórias em quadrinhos, que não fala o “r”, trocando-o pelo “l”.

há outros exemplos, como trocar “tomei” por “omei”, falar “batata” no lugar de “barata”, “atelântico” no lugar de “atlântico”.

Eis alguns procedimentos que você, como professor, pode considerar:

  • Solicitar uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos periodicamente (anual);

  • Evitar que a criança seja exposta frente ao grupo, expressando-se verbalmente;

  • Trabalhar com a classe o respeito às diferenças;

  • Evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para a falha de pronúncia;

  • Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar;

  • Promover estimulação da percepção auditiva para que o aluno possa identificar e corrigir sua emissão de fonemas, sílabas, palavras e frases;

  • Articular bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas;

  • Oferecer a oportunidade da criança expressar seu pensamento por meio de provas orais e escritas, a fim de favorecer a aprendizagem das duas modalidades;

  • Nas avaliações por escrito, não descontar as falhas de grafia, quando forem provenientes de sua dificuldade de pronúncia das palavras.


DISCALCULIA


Algumas crianças, mesmo recebendo todo o conteúdo necessário para se apropriar do conhecimento e do raciocínio matemático, podem ter enormes dificuldades de entender o significado do número em nossa sociedade. Compreender o que ele representa, quais suas diferentes funções e relações com nosso cotidiano é um verdadeiro desafio para uma criança ou um adolescente com Discalculia. Muitos pais, ao relatarem o sofrimento de seu filho ou filha, comentam que desde muito pequeno(a), ele(a) tinha muita dificuldade em memorizar números, quantificar sua idade e relacionar o símbolo numérico às proporções e ao espaço de tempo que havia entre uma atividade e outra. Estas confusões são comuns e frequentes em pessoas que não conseguem pensar dentro de uma perspectiva numérica.

A Discalculia é um tipo de transtorno de aprendizagem caracterizada por uma inabilidade ou incapacidade de pensar, refletir, avaliar ou raciocinar processos ou tarefas que envolvam números ou conceitos matemáticos. Percebe-se desde muito cedo, mas é na escola que todos os sinais e dificuldades se expressam de maneira clara e explícita, pois as exigências são maiores e a sequenciação de tarefas que envolvem aritmética e proporções passam a ser rotineiras.

Um discalcúlico apresenta:

  • Lentidão extrema na realização das atividades aritméticas;

  • Dificuldades de orientação espacial;

  • Dificuldades para lidar com operações matemáticas (adição, divisão, subtração, multiplicação);

  • Dificuldade de memória de curto e longo prazo;

  • Dificuldades em seguir ordens  ou informações simultaneamente;

  • Problemas com a coordenação motora fina, ampla e perceptivo-tátil;

  • Dificuldades em armazenar informações;

  • Confusões com símbolos matemáticos;

  • Dificuldades para entender o vocabulário que define operações matemáticas;

  • Dificuldades com a sequenciação numérica (antecessor/sucessor);

  • Problemas relativos à Dislexia (processamento de linguagem);

  • Incapacidade para montar operações;

  • Ausência de problemas fonológicos;

  • Dificuldades em estabelecer correspondência quantitativa (ex: relacionar números de carteiras com números de aluno);

  • Dificuldades em relacionar grafemas matemáticos às respectivas quantidades;

  • Dificuldades em relacionar grafemas matemáticos ao seus símbolos auditivos;

  • Dificuldades com a contagem através de cardinais e ordinais; Problemas em visualizar um conjunto dentro de um conjunto maior;

  • Dificuldades com a conservação de quantidades (ex: 1 lt é o mesmo que 4 copos de 250 ml); Dificuldades com princípios de medida.

  • O sujeito discalcúlico pode não apresentar todos estes fatores, mas a maioria com certeza se caracterizará, e é possível, também, que ele apresente outros novos, pois cada indivíduo é único e traz consigo histórias de vida diferentes. Outro aspecto a se levar em conta é que alguns discalcúlicos têm o seu raciocínio lógico intacto, porém têm extrema dificuldade em lidar com números, símbolos e fórmulas matemáticas. Outros, serão completamente capazes de solucionar representações simbólicas como 3+4=7, mas incapazes de resolver "João tinha três reais e ganhou mais quatro. Quantos reais ele tem ao todo?".

DISFUNÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO - DPAC



Orientações para professores sobre Disfunção do processamento auditivo:

  • Sentar o aluno, preferencialmente, distante das portas, janelas e paredes e o mais próximo possível do professor;

  • Evitar dar explicações de costas para o aluno;

  • Falar o mais próximo possível do aluno; usando fala bem articulada, com tom de voz claro; utilizando contato visual;

  • Chamar o aluno pelo nome caso perceba falta de atenção (mas sempre evitando situações constrangedoras que possam expor suas dificuldades), ou tocá-lo a fim de chamar sua atenção;

  • Evitar falar nos momentos em que o ruído em sala de aula for muito elevado;

  • Repetir a mensagem quantas vezes se fizerem necessário caso perceba que seu aluno não entendeu, solicitando que o mesmo a repita;

  • Introduzir o assunto que será abordado em aula, apresentando um tópico;

  • Utilizar palavras chaves como: primeiro, por ultimo, antes, depois,...isso ajudará o aluno a organizar a seqüência lógica dos acontecimentos;

  • Procurar dividir as explicações em partes menores, colocando se possível uma idéia por vez, caso o tema ministrado em sala mostre-se extenso demais;

  • Permitir que a criança faça uso de apoio articulatório (leitura oral) durante os testes e avaliações (em volume baixo para não prejudicar os outros alunos). Como feed-back auditivo, a sua concentração e atenção serão melhores;

  • Aumentar o tempo de realização das provas caso perceba que o aluno não consegue terminar em tempo hábil ou dividir o teste em duas etapas; se necessário oriente-o de forma individual e tenha certeza de que o mesmo compreendeu o comando das questões do teste, fazendo a leitura para o aluno;

  • Caso as dificuldades de leitura, de interpretação e ortográficas prejudiquem a resposta do aluno nos testes realize as perguntas para que o mesmo responda de forma oral; dessa forma poderá confirmar se houve aquisição do conhecimento;

  • Caso perceba que o aluno está cansado durante a realização das tarefas escolares, faça intervalos mais freqüentes, pois insistir no ensino de uma criança cansada implica na frustração do professor e do aluno;

  • O Processamento Auditivo Central (PAC) é o conjunto de habilidades auditivas necessárias para que o indivíduo compreenda a mensagem. É a interpretação que o cérebro faz do som ouvido. Chamamos de Desordem do Processamento Auditivo Central (DPAC) a dificuldade em lidar com as informações que chegam por meio da audição, o que é DIFERENTE de uma surdez. A criança pode ter uma audição normal e ter dificuldade para compreender bem o que é falado.

Características da DPAC atenção reduzida:

  • não acompanham uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo;

  • não compreendem facilmente piadas ou duplo sentido;

  • não atendem prontamente quando chamadas ou precisam ser chamadas várias vezes;

  • tem dificuldade para falar determinados fonemas ou para discriminar sons da fala;

  • se atrapalham ao contar uma história ou dar um recado;

  • não relacionam a informação auditiva com a visual;

  • histórias de infecções no ouvido, perda auditiva nos primeiros anos de vida;

  • dificuldades escolares;

  • dificuldades para aprender a ler e a escrever;

  • escrevem em "espelho" ou trocam as letras;

  • letra "feia";

  • não sabem qual é a direita e qual é a esquerda;

  • não entendem corretamente o que lêem;

  • problemas de memória, geralmente memória em sequência;

  • muito agitadas ou muito quietas;

  • dificuldades de relacionamento com crianças da mesma faixa etária.Como saber se a criança tem DPAC

  • A DPAC só pode ser detectada por meio de testes específicos que avaliem a função auditiva central. O exame é totalmente indolor e depende da colaboração do paciente. É realizado dentro da cabina acústica com fones de ouvido.

  • As habilidades auditivas que estão alteradas devem ser trabalhadas com um fonoaudiólogo, durante as sessões terapêuticas.

A DPAC só pode ser detectada por meio de testes específicos que avaliem a função auditiva central. O exame é totalmente indolor e depende da colaboração do paciente. É realizado dentro da cabina acústica com fones de ouvido.

As habilidades auditivas que estão alteradas devem ser trabalhadas com um fonoaudiólogo, durante as sessões terapêuticas.


Como pais e professores podem ajudar:

  • Antes de começar a falar, chame, olhe ou toque a criança e garanta que ela está olhando para você;

  • Fale mais alto, sem gritar, olhando para a criança de frente;

  • Fale pausado, mais articulado;

  • Repita a ordem várias vezes;

  • Garanta que a criança entendeu aquilo que foi solicitado pedindo a ela para repetir;

  • Use frases mais curtas;

  • Adicione palavras diferentes à fala da criança, para que ela possa ampliar o vocabulário;

  • No início, diminua os barulhos (desligar o rádio ou a TV, fechar as janelas), enquanto se fala com a criança;

  • Contar histórias, cantar músicas, perguntar sobre as atividades do dia.

Processamento Auditivo

Esclarecendo o Processamento Auditivo e o Treinamento Auditivo.

Os estudos sobre o Processamento Auditivo foram iniciados há muitos anos, por volta da década de 50, com o intuito de uma melhor avaliação da percepção auditiva. No Brasil, embora ainda existam poucas publicações neste tema, as pesquisas abordando o Processamento Auditivo cresceram muito nos últimos dez anos. Vários trabalhos foram desenvolvidos, primeiramente, na adaptação dos Testes Comportamentais para a língua portuguesa e na padronização da normalidade na nossa população. Atualmente, várias pesquisas direcionam-se na verificação do desempenho destes testes comportamentais em populações especiais como, por exemplo, nos casos de doenças neurológicas, distúrbios de aprendizagem, hiperatividade, déficit de atenção, dislexia ou distúrbios da comunicação.

O Processamento Auditivo (PA) é o mecanismo pelo qual os estímulos auditivos recebidos pelo Sistema Auditivo Periférico (orelha externa, orelha média e orelha interna) são decifrados e interpretados ao longo de toda a via auditiva até as áreas corticais. Portanto, o Processamento Auditivo é o mecanismo responsável por "decodificar os estímulos auditivos e dar um significado a eles (codificá-los)" (Pereira, 1993).

No consenso realizado em Dallas, abril de 2000, e publicado pela JAAA (2000), a Desordem de Processamento Auditivo é caracterizada por um "déficit perceptual auditivo, no qual a informação auditiva não é bem decifrada, mesmo quando os limiares auditivos tonais estão dentro da normalidade". É muito difícil estabelecer uma correlação direta entre a desordem apresentada e a manifestação, assim como entre o próprio grau da desordem. Isto pode ocorrer devido à "individualidade da organização cerebral e às patologias que afetam tal organização" (ASHA, 1996).

Pereira (1996) descreveu 5 campos principais de manifestações comportamentais que podem estar relacionadas à Desordem de Processamento Auditivo (DPA).

Estes campos são:

Quanto à comunicação oral, problemas de produção de fala envolvendo os sons /r/ e /\/ principalmente; problemas de linguagem expressiva envolvendo regras da lingua (estrutura gramatical); dificuldade de compreender em ambiente ruidoso e de compreender palavras de duplo sentido;

Quanto à comunicação escrita: inversões de letras, orientação direita/esquerda; disgrafias; dificuldade de compreender o que lê;

Quanto ao comportamento social: distraídos; agitados/hiperativos/muito quietos; tendência ao isolamento;

Quanto à audição: às vezes compreendem bem e às vezes não; atenção ao som prejudicada e dificuldade em escutar em ambiente ruidoso;

Quanto ao desempenho escolar: inferior em leitura, gramática, ortografia, matemática; desempenho prejudicado por não entender bem o professor e pelo ruido ambiental.

Katz (1992) classifica os tipos de Desordem de Processamento Auditivo apoiado em causas comuns que poderiam influenciar nas alterações das habilidades auditivas. Os três tipos de categorias quanto ao tipo de prejuízo envolvido nas DPA são: Decodificação, Codificação e Organização.

Decodificação: envolve a aquisição de conhecimentos através da habilidade de análise acústica do estímulo e está muito relacionada com a capacidade de reconhecimento da palavra.

Codificação: envolve a capacidade de integração das diversas informações sensoriais auditivas e das auditivas com outras informações sensoriais não-auditivas.

Organização: responsável pelos processos envolvidos na aquisição de conhecimentos adquiridos com a habilidade de sequencializar eventos sonoros, o que estaria muito relacionado com a memória auditiva.



DEFICIÊNCIA FÍSICO NEURO MOTORA

O termo neuromotora reporta-se às deficiências ocasionadas por lesões nos centros e vias nervosas que comandam os músculos. Podem ser causadas por infecções ou por lesões ocorridas em qualquer fase da vida da pessoa ou por uma degeneração neuromusculares cujas manifestações exteriores consistem em fraqueza muscular, paralisia ou falta de coordenação.

Dentre os principais quadros motores apresentados pela pessoa com algum tipo de deficiência física, torna-se difícil encontrar uma classificação que inclua todos os possíveis distúrbios motores. Sendo assim, elencamos os quadros neuromotores de maior incidência em alunos matriculados na Educação Básica e Educação de Jovens Adultos que requerem um apoio mais intenso.

  • Lesão cerebral (paralisia cerebral ou deficiência neuromotora)

  • Lesão medular (paraplegia/tetraplegias)

  • Deficiências neuromusculares - Miopatias (distrofias musculares)

Entrando na escola

É muito importante que a criança com deficiência física frequente a escola, onde ela pode desenvolver seu potencial intelectual e interagir com outras crianças.

Pode ser necessário adaptar a carteira, verificar qual é a melhor posição em relação ao quadro e se o banheiro tem condições de ser utilizado. É importante consultar a criança sobre suas necessidades, com naturalidade.

Pequenas adaptações podem fazer muita diferença: por exemplo, se a criança não consegue segurar o papel para escrever, este pode ser preso na carteira com fita adesiva.

Como a criança com deficiência física em geral, escreve mais lentamente, a professora pode esperar mais tempo para apagar o quadro ou estimular o trabalho cooperativo, no qual os colegas colaboram sem, porém, fazer as tarefas pela criança com deficiência.

Na fase inicial de aprendizagem da leitura, da escrita e do cálculo, as diferenças entre crianças com deficiência física e crianças não deficientes é pequena, em geral. O desenvolvimento intelectual é bastante semelhante, principalmente se a criança teve uma estimulação adequada; ela vai precisar de auxílio para se locomover e para manusear o material escolar. Esta constatação é verdadeira também para as etapas posteriores do processo de aprendizagem.

Sugestões para adaptar o ambiente escolar aos portadores de deficiência física

O acesso físico é a preocupação fundamental no que diz respeito a estes estudantes, devido a dificuldades de locomoção ou ao uso de cadeira de rodas. Isto implica a existência de percursos em que o aluno se possa movimentar mais facilmente de uma aula para as outras, ou seja, em que não tenha de se defrontar com barreiras arquitetônicas;

Estes estudantes podem eventualmente atrasar-se, ao ir de uma sala para outra, principalmente quando as aulas não são todas no mesmo complexo. Pode também haver a necessidade de fazer alguns ajustes que permitam ao aluno frequentar aulas laboratoriais;

As aulas em laboratórios podem requerer algumas adaptações do material e local de trabalho (altura do balcão, mesa, cadeiras, entre outros). Se puder proporcionar estas modificações, trabalhe diretamente com o aluno para criar um local o mais acessível possível, promovendo a participação dele em todas as tarefas;

Embora a escola seja um espaço fundamental para todas as pessoas, portadoras ou não de deficiência, ela não é o único; a vida também acontece em outros espaços, igualmente ricos em oportunidades de convivência e outros tipos de aprendizagem.

Para a pessoa com deficiência física, o acesso a estes outros lugares é, muitas vezes, problemático, pois nem sempre eles foram construídos levando em conta suas necessidades. No caso de edifícios de uso público, há uma legislação determinando que eles sejam adaptados.

Tradicionalmente as pessoas portadoras de deficiência foram classificadas ou categorizadas conforme suas condições físicas, mentais, emocionais ou sociais. Conhecer o tipo de deficiência e identificar as limitações apresentadas pelo aluno contribui sobremaneira para a participação deste em programas de Educação Física. No entanto, a deficiência não deve constituir o único critério para a formação de grupos. O potencial apresentado pelo aluno deverá nortear a elaboração do programa permitindo o máximo desenvolvimento no domínio motor. Tradicionalmente tem se dado ênfase excessiva às limitações do aluno e sido negligenciadas as suas capacidades.

Para atender os objetivos que a educação física adaptada pretende atingir, ou seja, propiciar o desenvolvimento motor e físico do aluno, o desenvolvimento de padrões fundamentais de movimento, e a aquisição de habilidades esportivas, é preciso identificar as necessidades e as capacidades de cada educando, e especialmente compreender o processo de desenvolvimento que ocorre durante toda vida do ser humano.

Propiciar a participação de todos, focalizar o potencial motor do aluno e favorecer maior autonomia constituem aspectos relevantes na implantação de programas de educação física para as crianças portadoras de deficiência física.

Observar e constatar que os alunos que participam de programas de educação física: (1) demonstram maior interesse em se locomover de maneira independente, (2) descobrem soluções motoras novas e diversificadas em diferentes situações, (3) desenvolvem uma atitude positiva em relação à participação em aulas de Educação Física, (4) passam a responder prontamente a solicitações e organizam-se mais facilmente quando lhes é atribuída alguma responsabilidade ou problema a resolver, Tornam evidente a importância da atividade motora para o desenvolvimento da criança portadora de deficiência física.


ALTAS HABILIDADE E SUPERDOTAÇÃO - AH /SD

O que são Altas Habilidades e superdotação(?) Como podemos identificar o aluno superdotado (?) Como o professor poderá trabalhar com o aluno superdotado(?) Teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner.

Necessidades especiais de aprendizagem.

AItas habilidades e superdotação: são as que se mostram em crianças superdotadas, estas costumam ser precoces, prodígias, gênios, são denominações que fazem parte de um mesmo fenômeno que vem sendo estudado com destaque nas últimas décadas. Apresenta habilidade específica precocemente.

Como o podemos identificar o aluno superdotado?

  • Curioso.

  • Perguntador.

  • Possui vocabulário avançado para a idade.

  • Grande imaginação.

  • Concentrado. Raciocínio rápido.

O professor, como poderá trabalhar com o aluno superdotado.

Propondo desafios e desenvolvendo atividades dinâmicas

Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner.

  1. Inteligência lógico-matemática: Facilidade em fazer cálculos e somar, e

  2. também em sistematizar, ordenar e formular e resolver hipóteses. Matemáticos-Informáticos-Cientistas.??? Que isso?? por que estão maiores que o texto??

  3. Inteligência linguística: Percebe as diferenças e funções da palavras, facilidade com idiomas. Poetas-Oradores-Escritores.

  4. Inteligência viso-espacial: Percepção visual e espacial do mundo, manipula mentalmente os objetos e situações, criando tensão, equilíbrio e composição. Artistas plásticos-Pilotos-Marinheiros.

  5. Inteligência corporal-cinestésica: Facilidade de controle corporal. Bailarinos-Cirurgiões-Artistas plásticos e Cênicos.

  6. Inteligência musical: Facilidade em compor, apreciar e reproduzir formas musicais, sensibilidade também a ritmos, timbre e textura musicais. Cantores-Músicos-Compositores.

  7. Inteligência interpessoal: Facilidade em perceber as necessidades das pessoas, suas alterações de humor e desejos. Professores-Psicoterapeutas-Políticos.

  8. Inteligência intrapessoal: Facilidade em se auto perceber, acesso aos próprios sentimentos. Filósofos-Líderes religiosos-Psicólogos.

Orientação aos Professores - Altas Habilidades/Superdotação:

O estudante que apresenta altas habilidades/superdotação se caracteriza como apresentando potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. (Instrução 010/2011 SUED/SEED)

Algumas características são comuns nesses estudantes:

  • Baixa motivação em relação à rotina escolar:

  • Pouco ou nenhum registro escrito dos conteúdos escolares

  • Memória excelente

  • Aprendizagem rápida com agilidade na compreensão e assimilação dos conteúdos Ansiedade e agitação motora

  • Falta de sentimento de pertença ao grupo Isolamento social

  • Dificuldade em aceitar respostas prontas

  • Questionadores, sempre perguntando o porquê.

  • Necessidade de fazer algo de modo diferente, não aceitando as padronizações Necessidade de conhecer com maior profundidade assuntos de seu interesse

  • Vocabulário muito avançado, rico e extenso

  • Fluência de ideias, soluções e respostas incomuns, diferentes e inteligentes

  • Gosta de arriscar-se e de desafios

  • Não gosta de cumprir regras, especialmente quando injustas ou sem sentido Gosta de crítica construtiva e rejeita o autoritarismo

  • Dedica muito tempo e energia a algum tema/atividade que gosta ou lhe interessa

  • Tendência ao perfeccionismo

A deliberação número 02/03- CEE, art. 1o, 229, regulamenta a flexibilização curricular e o direito a atividades e avaliações diferenciadas, com o devido registro no RCO (campo observações) para o (a) estudante de inclusão educacional que apresentar laudo de especialista(s).

Ao considerarmos as necessidades educacionais e sociais diferenciadas dos estudantes com altas habilidades/superdotação estamos prevenindo que seu comportamento seja equivocadamente interpretado como falta de motivação, desinteresse ou insatisfação. Alguns procedimentos podem colaborar com o pleno desenvolvimento de seu potencial:

  • O (A) estudante com altas habilidades/superdotação necessita de estimulação permanente, pois não apresenta autonomia para aprender durante o Ensino Fundamental e Médio;

  • Possibilitar o contato com assuntos novos e motivadores, propondo desafios dentro dos temas de sua habilidade;

  • Propor atividades suplementares ao trabalho realizado em sala de aula, para que o (a) estudante mantenha o interesse e evite a ociosidade e estados de ansiedade; Enriquecer os conteúdos curriculares por meio do aprofundamento dos mesmos trazendo desafios que façam o (a) estudante se envolver na tarefa e utilizar sua capacidade;

  • Valorizar e motivar a execução de tarefas em que o estudante apresente bons resultados;

  • Utilizar reforços positivos em relação ao desempenho acadêmico do (a) estudante Favorecer a expressão de sentimentos e necessidades pessoais;

  • Estabelecer vínculos de confiança e respeito com o (a) estudante;

  • Utilização de recursos visuais e auditivos nas estratégias pedagógicas, utilizando explicação verbal concisa e objetiva;

  • Certificar-se de que o (a) estudante assimilou um novo conteúdo com clareza e propor exercícios de fixação que não sejam longos ou repetitivos, flexibilizando a quantidade de exercícios que o aluno deverá realizar, sendo menor que os demais colegas de turma;

  • Flexibilizar/diversificar os instrumentos de avaliação, oportunizando a realização de avaliações orais sendo que as respostas deverão ser registradas pelo professor. Sugere-se também apresentações orais como seminários ou outras formas de exposição feitas pelo (a) estudante sobre o conteúdo estudado. Realizar o registro das avaliações diferenciadas no campo observações do RCO;

  • Trabalhar com o (a) estudante a função social da escrita, para promover o registro escrito.





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